9 dias sem pausa. 597 kms de muito sobe e desce. Povoaçãoes remotas perdidas no Cabo Este. Praias quase desertas, baias de mar tranquilo e muito sol. Mas a nossa odisseia Novo Zelandesa está quase a terminar e nestes últimos três dias com alguma urgência para chegar a Coromandel, na península com o mesmo nome, vimo-nos obrigados a percorrer a estrada nacional 2, um pesadelo de camiões, carros e paisagem desinteressante.
Hoje, já com o cansaço a abater-se sobre os nossos corpos, decidimos fazer um dia mais curto e ficar num parque de campismo com internet para dar e receber notícias do mundo. Menos mal, já evitámos umas belas rajadas de chuva e vento e temos nas nossas chávenas de plástico um bom whisky escocês de malte – The Singleton – que o Gordon, um personagem meio embriagado, que apareceu aqui na cozinha, nos ofereceu. Passa o tempo a encher-nos o copo e para almofadar o conteúdo do álcool vamos jantar uma tortilha. O Gordon é o nosso convidado de honra.
O Cabo Este, foi o pontos alto da Ilha Norte. Foi também uma parte remota do país com aldeias e as suas maraes (que são as casas de reunião Maori) e pequenas capelas de madeira. O sentimento de comunidade, identidade e orgulho é bem visivel aqui.
O mar é azul e calmo, algo que não esperávamos. A nossa tenda foi iluminada pelos primeiros raios do dia de sol do planeta em Anaura Bay, Waipiro Bay, Te Araroa, Te Rangiharu Bay. E conhecemos o Julian, um Austríaco simpático, que nos parou na estrada e que mais tarde nos ofereceu dois peixes que havia pescado.
Entretanto tivemos também notícias da nossa aplicação do visto para Australia e as boas notícias são que temos 6 meses no país, ainda que o mais provável é que não necessitemos de tanto tempo.
As próximas notícias virão de Auckland onde vamos passar a Pascoa na companhia da Liz e do Neville Mckenzie, os pais do Andy um amigo nosso de Londres.