
O projecto
duas pessoas
duas bicicletas
dois países no extremo oposto do planeta
Todos temos sonhos, projectos e ambições que nos fazem sair da cama todos os dias e viver dia após dia. Uns querem ter uma casa, outros querem ter uma família, outros sonham em ter uma vida estável com um emprego certo. Outros abdicam de tudo para se dedicar à sua carreira ou a um negócio. Para nós o sonho é viajar, andarilhar o mundo para sentir na primeira pessoa o que ainda aqui existe de tão fantástico e único.
Desde que nos conhecemos, já lá vão cerca de nove anos, as viagens foram sempre o centro das nossas conversas. Então bons amigos, olhávamos o mapa do mundo que ocupava a parede da sala e invariavelmente idealizávamos aventuras por terras distantes e exóticas. Descobríamos países novos. Imaginávamos rotas por desertos e selvas. Pensávamos em meios de transporte bizarros para percorrer cada sítio. E os sonhos foram-se tornando em projectos concretizados. Nos interregnos de trabalho a tempo inteiro que íamos tendo em Londres para juntar dinheiro fomos fazendo as viagens possíveis, umas mais longas do que outras.
Na última grande viagem que o Nuno começou em 2006 – a Pan-americana desde o Alasca à Terra do Fogo na Patagónia em bicicleta, acabou por nos unir durante o ano que pedalámos juntos. Partilhámos não só a estrada, a tenda, momentos difíceis, mas sobretudo momentos bons e decidimos também partilhar a presença um do outro de forma a que pudéssemos sonhar mais viagens juntos como companheiros. E assim, a meio de uma viagem começámos a sonhar a próxima.
No canto inferior direito do nosso mapa-mundo estão duas ilhas, que formam um país que é o país antípoda de Portugal – a Nova Zelândia. E porque não começar uma viagem no ponto oposto ao ponto a que pretendemos regressar? Porque não fazer um regresso lento a casa por terra e por mar usando transportes sempre que possível diferentes e em total autonomia? A bicicleta será o meio principal, mas queremos também testar os nossos limites e experimentar fazer algumas etapas, por exemplo, de barco nos rios da Malásia ou do Camboja. Comprar uns cavalos na Mongólia e percorrer as suas estepes desertas. Na Indía porque não comprar um tuk tuk? A ideia é, um pouco como a nossa atitude perante a vida, não nos conformarmos com a rotina ou com uma só forma de viver as coisas. Nos dois a três anos em que pretendemos percorrer mais de 30 países: desde a Nova Zelândia, a Australia, Indonésia, o Sudoeste Asiático, a China, a Mongólia, o Tibete, Nepal, Indía, Paquistão, Irão Turquia e a Europa, queremos sobretudo continuar a viver da forma que nos preenche e completa mais – a VIAJAR. Venham daí partilhar este sonho!
Joana e Nuno