O veado embalsamado à entrada dava-nos as boas vindas com o nariz esmurrado que o embalsamador não quis (ou não soube) emendar e os seus olhos de azeitona, ao contrário dos da Mona Lisa, não pareciam olhar para lado nenhum.
Macau e Hong Kong – a viajar em contratempo
Há calor e melancolia em igual dose nos olhos deste rapaz de metro e muito de altura. E há também o feitio fácil de quem não complica as partilhas, a alegria da alma boémia, o desafio de uma mente aguçada de quem gosta de entender o que o rodeia, a graça espontânea do músico auto inventado, a excentricidade q.b e a assertividade de um homem que vive das justiças e das advocacias
A China do Tigre e do Dragão!
Ninguém parecia muito preocupado com a nossa presença, e por isso seguimos sem problemas uns vinte quilómetros até que nos apareceu um túnel à frente. Ó diacho, e agora? Será que está terminado? Será que podemos passar? Os construtores na beira da estrada acenaram que sim.
A China pode ser tudo
A coisa é um bocado assim: os traços parecem um homem a fazer malabarismo em cima de um baloiço, ao lado de uma balança, onde está encostado um outro homem à espera em frente de uma cadeira romana em cima da qual está uma espécie de T com dois traços, com uma chave de fendas virada ao contrário pendurada – ora temos então: Xinjie – fácil!
No Norte do Vietnam – já estamos de saída!
Progresso – palavra abstracta que rouba as árvores do caminho e acaba com as sombras, implode e rasga as montanhas, faz brotar barragens, parir cidades no meio do nada… já alguém viu uma cidade no Norte remoto do país?
Bem vinda ao Vietnam!
Façamos então uma equação onde removemos os turistas, aos milhares e, os guias turísticos, às centenas. Adicionamos um barco onde passar a noite num cenário tão surreal, quanto belo – não quantificáveis – assim como uma boa dose de tranquilidade e serenidade. Depois multiplica-se o magnífico por de sol, o mar tranquilo e a boa companhia , e adiciona-se o rótulo de património da humanidade.